Helen
Messias Guzmán*
Sabemos que tudo o que fazemos
parece ser uma forma de buscarmos a felicidade. Quando compramos uma casa,
fazemos uma faculdade ou resolvemos nos casar ou ter um filho, são maneiras de
buscarmos ser mais felizes. Todo ser humano anseia pela felicidade, mesmo que
possamos buscar caminhos que não levem a ela, na verdade o que procuramos é a
felicidade. Mas, então, como encontrá-la?...
A ciência confirma que pessoas
felizes têm um conjunto de atitudes diante da vida que favorecem a felicidade.
Mas o que é felicidade?
Seligman (2004) afirma que a
felicidade se constrói a partir de três elementos: prazer, engajamento e
significado.
Prazer
é aquela sensação que envolve nosso corpo quando fazemos algo que
gostamos....como ouvir uma boa música ou comer seu prato preferido em companhia
agradável. Ou seja; para sermos felizes precisamos ter momentos de prazer, é
importante fazermos aquilo que gostamos. Porém, o prazer não é o elemento mais
importante da felicidade. Sabe por quê? Porque o prazer acaba, não dura para
sempre, além disso, nos acostumamos ao prazer e se vivermos de forma muito
prazerosa nos adaptamos a tal ponto que passamos a não dar mais valor ao que
temos.
Vamos então ao segundo elemento da
felicidade: o engajamento.
Engajar é envolver-se
profundamente com aquilo que você faz, a ponto do tempo passar e você não
perceber, é quando olhamos no relógio e nos surpreendemos com a hora; entramos
em um estado chamado “flow”... você está tão envolvido com o que faz que a hora
passa e você não percebe. Pessoas felizes são pessoas que se engajam no que
fazem.
E o terceiro elemento da felicidade
é o significado.
É você perceber que sua vida tem sentido; tem um propósito maior. Aqui entramos
no campo da espiritualidade. Precisamos perceber que nossa vida está ligada a
algo maior. E o que dá significado a nossa vida? Trabalhar, como malucos e
deixar de acompanhar nossos filhos em seus melhores momentos? Acumular riquezas
e querer sempre mais? Fazer muitas plásticas e lipoesculturas, não demonstrando
os sinais do amadurecimento? Construir casas cada vez mais caras? Usar roupas
de marcas? Frequentar festas concorridas e desfilar o melhor vestido?
Ou será que o que dá mais
significado a nossa vida e nos deixa mais felizes é fazermos o bem ao outro e
termos verdadeiros amigos? Termos uma relação amorosa com nossos filhos e procurarmos
estar presentes, apesar de trabalharmos bastante?
Estudiosos da felicidade afirmam
que pessoas mais felizes têm sentimento de gratidão, demonstram contentamento,
quer dizer, valorizam o que possuem, evitando comparar-se com aqueles que
possuem mais que ele, preferem comparar-se com aqueles que possuem menos ou não
possuem.
Outra atitude presente nas pessoas
felizes é que elas aproveitam, desfrutam
cada momento da vida, como se eles fossem únicos, pois o aqui agora nunca mais
irá se repetir.
Um das mais premiadas pesquisadoras
da felicidade, Lyubomirsky (2008) afirma que a vida de pessoas consideradas
mais felizes não é acompanhada de acontecimentos fantásticos e gloriosos e a
riqueza não é um elemento importante para nos trazer felicidade, o que vale é como nos portamos
diante da vida e o quanto nos sentimos úteis à humanidade e à comunidade a que
pertencemos.
* Helen
Messias Guzmán é psicóloga, professora e supervisora clínica de
gestalt-terapia do CESUMAR/ presidente do Instituto Maringaense de
Gestalt-terapia. (CRP: 08/04499)
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